sábado, 6 de dezembro de 2008

Saco do Noel cheio.


Dezembro chegou e eu poderia até dizer que esse mês é indiferente, isso se as pessoas não se tornassem mais estranhas do que são costumeiramente e eu não ficasse assustada com a situação.
Faço parte de alguns sites de relacionamento - leia relacionamento, não sexo - e acabo conhecendo vários tipos de pessoas, umas de forma superficial, outras de forma agradável e outras bem mais do que eu gostaria. Graças ao bom senso, depois de um tempo nesses sites criei um radar onde os níveis de comunicação elevam-se, porém até quem é "aprovado" muitas vezes causa medo. Não são somente grupos de gente que freqüentam esses tipos de site que ficam sem noção, muitas pessoas "reais" também, mas como resolvi abdicar por um tempo indeterminado do mundo real por falta de estímulos e tolerância, minha abordagem vai ter não somente, mas principal como alvo os outros seres já mencionados.
Ao analisar consigo dividir nessa época as pessoas em dois grupos: os esperançosos e os rancorosos. Os esperançosos que nem têm uma vida muito boa, pra ser sincera são na maioria uns lascados, acreditam nos valores das tradições, e que só não terão um bom ano novo se não usarem uma roupa nova branca, com isso um débito já fica no cartão pro próximo, e lógico, se não fizerem uma boa simpatia. Já os rancorosos até acreditam que a esperança é a última que morre, mas que a paciência é a primeira, acham que nada vai mudar se colocarem no lugar do oito um nove depois dos dois zeros e acabam jogando aos sete ventos seu “anti-espírito natalino/reveillon.”.
E por que eles me assustam? Porque normalmente as pessoas não são tão otimistas e nem tão pessimistas assim, porque elas deixam de agir como seres normais que têm seus altos e baixos e começam a trabalhar em cima de pontos extremos, elas tornam válido o ditado de “ou 8 ou 80”, e principalmente começam a infernizar pessoas neutras a todo esse clima - leia eu - com recados cheios de lamurias que pedem indiretamente adulações, ou então com e-mails de correntes com pedidos extras que vêm também com números extras de pessoas para "repassar" em poucos segundos.
As pessoas desagradavelmente no fim do ano tornam-se cansativas e surtadas e é por isso que decidi não me constranger mais com o fato de não dar a mínima importância para as exaltações de personalidade, independente do grupo. Desejar ao próximo feliz natal ou feliz ano novo vai ser a medida certa que me cabe, porque enfim são acessórios básicos da boa educação em um convívio social, porém aturar excessos não me convém e pra isso logo aviso: “Importância, não trabalhamos”. Ah, e antes que eu me esqueça, caso não o veja mais esse mês um feliz natal e um bom ano novo e ponto.

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