Além de nos implantar neuroses hereditárias e adquiridas, Freud já explicou isso em algum lugar, pais servem para nos mostrar como somos coitadinhos por não termos nascido antes, no passado, de forma que dependendo da vertente paternal ou perdemos por não subirmos naquele pé de goiaba para colher fruta madura no pé sem agrotóxicos, que hoje provavelmente cedeu lugar a algum estabelecimento comercial, ou por não termos oportunidade de assistir um show dos Stones sem toda a traição do movimento e a luta contra o sistema.
Calculando superficialmente e me inserindo na zona das estatísticas, pais foram jovens numa época em que as “ameaças” de hoje eram apenas meios de ter grandes sacadas. Drogas serviam para embalar o clima do rock progressivo, eram pontes para ideologias. Idealiza-se que os nossos atuais indies e emos são estruturas flácidas perto do que foram os yuppies e nem wave, porque somos “moderninhos” e com aspas bem maiores para tornar o desprezo mais significante, ou melhor, para nos tornar mais insignificantes perto do que eles eram, lê-se doidões ou babacas.
Observando os momentos de catarse dos mais velhos quase caio no dilema de que não vale a pena estar nesse mundo por já ter perdido tudo que existiu de bom nele. Só que enquanto eles se preocupavam com a veracidade da pisada do homem na lua, nós já queremos saber, foi ou não foi de All Star? Explicando a metáfora, não foram os tempos que mudaram, mas sim as perspectivas do entendimento.
Calculando superficialmente e me inserindo na zona das estatísticas, pais foram jovens numa época em que as “ameaças” de hoje eram apenas meios de ter grandes sacadas. Drogas serviam para embalar o clima do rock progressivo, eram pontes para ideologias. Idealiza-se que os nossos atuais indies e emos são estruturas flácidas perto do que foram os yuppies e nem wave, porque somos “moderninhos” e com aspas bem maiores para tornar o desprezo mais significante, ou melhor, para nos tornar mais insignificantes perto do que eles eram, lê-se doidões ou babacas.
Observando os momentos de catarse dos mais velhos quase caio no dilema de que não vale a pena estar nesse mundo por já ter perdido tudo que existiu de bom nele. Só que enquanto eles se preocupavam com a veracidade da pisada do homem na lua, nós já queremos saber, foi ou não foi de All Star? Explicando a metáfora, não foram os tempos que mudaram, mas sim as perspectivas do entendimento.
Constatei de forma imatura que o “existirá” sempre vai ser algo incompreensível e consequentemente pior para gerações passadas. Será ruim pela sempre suposta decadência da variedade humana ou pelo supérfluo fato de não nos agradar a falta de certeza da vivencia ativa no possível futuro. Sem mais crises de preconceito e julgamento, no fundo com tudo isso só queria ter a certeza de que chegaria aos 30 sem adorar cinicamente as músicas da Legião Urbana.